quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Forte do Castelo de Belém


O Forte do Castelo constitui um marco da fundação da cidade de Belém, no Pará, tendo surgido em pleno século XVII, no mesmo ano em que a cidade foi fundada. Construído primeiramente de madeira e palha, era denominado Forte do Presépio, em alusão à partida da Frota de Castelo Branco do Maranhão em 25 de dezembro de 1615. Com o decorrer dos anos e após sucessivas modificações, o Forte foi tombado pala União em 1962.

Em 2002, através do Comando da 8a. Região Militar, o Governo do Estado do Pará e o Ministério do Exército formalizaram o contrato de alienação das áreas do Forte e do Palacete das Onze Janelas, que ficava próximo àquele, a partir de então sob a responsabilidade da Secretaria da Cultura, que deveria efetivar a transformação de ambas as áreas em futuros espaços culturais.

No Forte do Castelo encontra-se o Museu do Forte do Castelo de São Jorge (Cidade de Belém, símbolo e memória 1616–1912), que foi criado com o intuito de focar a colonização da Amazônia. Com as primeiras prospecções arqueológicas do terreno, o Museu já conta com uma infinidade de fragmentos de artefatos, como um cachimbo; uma espécie de escova de dente em terracota utilizada por índios; uma moeda de ouro da época do Brasil Colonial, de 1792, cunhada no reinado de D. José I, dentre muitos outros.

Foram retiradas várias partes de construções que, ao longo dos anos, descaracterizaram as instalações originais, procurando-se manter aquelas consideradas pertinentes ao aspecto geral do conjunto. Junto às pesquisas e às prospecções arqueológicas no local, foram encontradas também marcas da antiga Capela do Santo Cristo - datada do período de 1621 e 1626 -, entre o fosso do Forte e o ângulo setentrional do prédio.

O Museu apresentar duas mostras de longa duração: na área interna, são apresentados núcleos temáticos relativos à arqueologia brasileira e amazônica, à arqueologia urbana, à fundação da cidade, e ao próprio Forte, como núcleo fundador da cidade até 1962. Na área externa ficam à disposição os materiais de artilharia do Forte, hoje completamente restaurados, e o mirante, próximo à Baía do Guajará, local de contemplação para a população e para o turismo em geral.

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